Não tenho muita paciência para fazer biscoitinhos, bolachinhas e afins, mas estes sequilhos de nata e coco são tão especiais e tão gostosinhos que me aventurei nessa onda.
Esta receita é uma das velhas receitinhas de minha mãe, e torcíamos para que ela juntasse as tais natas rapidinho e fizesse estes sequilhos que derretiam na boca e sumiam num piscar de olhos.
Hoje, encontramos o pote de nata em qualquer bom supermercado, e nata nada mais é do que o creme de leite pasteurizado,com um teor maior de gordura e com consistência mais firme, parecendo uma pasta.
Sequilhos de Nata e Coco da Vovó
Coloque numa vasilha 1 xícara (chá) de nata (usei um potinho de nata da Balkis com 230 g) + 1 colher (sopa) de manteiga + 1 xícara (chá) de açúcar + 1 colher (sopa) de fermento em pó.
Misture tudo com uma colher até todos os ingredientes incorporarem.
Cubra com um pano e deixe descansar por 10 minutos.
Depois, junte 1 pires de farinha de trigo + 50 g de coco ralado + 500 g de amido de milho (não vai tudo, usei 3/4 do pacote). Misture tudo e amasse até ficar uma massa homogênea.
Asse em forno médio até os sequilhos ficarem levemente dourados. Não sai de perto porque é rapidinho...
O rendimento é de duas formas e para atender à todos, uma ficou mais tempo no forno e os sequilhos ficaram mais douradinhos e crocantes, a outra menos tempo e mais branquinhos e macios.
Verdadeiras delicinhas!
Recebi este comentário do meu amigo Marbene do blog do Marbene, um blog super especial, didático e repleto de delícias. Decidi postá-lo junto à minha receita, por ser tão interessante, rico e autêntico, bem ao estilo de tudo o que ele escreve... esse grande contador de "causos".
Enfim, um gran finale delicioso tal qual os Sequilhos de Nata e Coco da Vovó...
Olá Maísa, boa tarde!
Estou sempre atrasado, pena, adoro sequilhos.
Você lembrou bem esse lance de juntar natas para fazer quitandas.
No interior de Minas é assim até hoje. Sempre tem aquele sujeito que fornece leite caipira, diretamente da fazenda ou do sítio perto da cidadezinha encravada no sopé daquela montanha...que tem um córrego, uma vendinha, aquele contador de causos, da doceira, do moleque soltador de pipas, da beata juramentada, do carroceiro de aluguel...da freira, da feira, da capela, do memorialista que não se lembra mais...do fogão a lenha com linguiças dependuradas no varal.
As donas de casa abnegadas, cozinheiras de forno e fogão, recebem o leite e o fervem na mesma hora. Colocam-no depois de frios na geladeira contidos na mesma vasilha usada na fervura, mas tampada por que seguro morreu de velho!
No dia seguinte a gordura em suspensão aglutina-se formando uma "nata" espessa na superfície, possibilitando seu recolhimento com uma escumadeira e assim, juntada aos poucos, de acordo com as fervuras subsequentes, as natas são juntadas em potinhos improvisados de margarina e guardados no congelador.
Assim é o que fazemos quando não conseguimos adquirir creme de leite fresco por esses ocos de mundo esquecidos (ainda bem!) pelo progresso.
Tem coisa melhor que bater papo na porta da cozinha alheia, tomando um cafezinho passado na hora e comendo um sequilho carregado de boas lembranças?
Abraços minha querida.
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